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Petit Palais acolhe a sua primeira exposição de “street art” e há portugueses para ver

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O Petit Palais, em Paris, acolhe a sua primeira exposição de “street art” no seio da colecção permanente. A mostra chama-se “We Are Here” e junta artistas de todo o mundo, incluindo os portugueses ADD FUEL, Vhils e Pantónio.

É uma exposição que quer fazer história e assentar o reconhecimento internacional da “street art”. Um dos mais emblemáticos museus de Paris, o Petit Palais, acolhe artistas de todo o mundo que têm trabalhado na capital francesa e contribuído para a história da arte urbana. A mostra chama-se “We Are Here” e é uma declaração de presença deste movimento. “We Are Here” é mesmo a frase que acolhe o público, logo à entrada, inscrita numa escultura a representar uma lata de spray gigante do artista D*Face.

Deambulando pelo museu, ao lado de obras de Monet, Rodin, Courbet, Cézanne e tantos outros que outrora estiveram nas vanguardas artísticas, surgem peças monumentais de Shepard Fairey, Invader, D*Face, Seth, Add Fuel, Vhils, Inti, Hush e muitos outros.

O português Diogo Machado, conhecido como ADD FUEL, ocupa uma sala com os seus icónicos painéis de azulejos que dialogam com um imenso candelabro contemporâneo do artista Jean-Michel Othoniel. Há seis peças que “são das maiores peças, em termos de tamanho”, que ADD FUEL já criou no seu estúdio em Portugal e há outras seis peças, mais pequenas, a complementar o espaço.

“Todas as peças baseiam-se muito no meu trabalho da reinterpretação e do redesenhar do azulejo, esta nossa tradição que temos e que eu tenho vindo a trabalhar há 14, 15 anos. Há pequenas nuances e pequenos detalhes que fazem com que a instalação seja mais ‘site specific’, ou seja, apropriada para o espaço onde ela existe”, descreve ADD FUEL.

Como é que se colocam estas peças num museu de obras clássicas e figurativas? Para o artista, “a palavra-chave é diálogo porque foi isso que ele quis fazer tanto com a sala onde as obras estão expostas, quanto com o candelabro monumental que já lá estava. E são os tons de cromado do candelabro que deram os tons prateado, azul e beringela aos painéis de ADD FUEL. “Como se fossem peças que já existissem no espaço e não o estivessem a invadir”, resume. A instalação acabou por chamar-se “Multilogue” porque mais do que um diálogo entre duas pessoas, é um diálogo entre os painéis, o candelabro e o espaço do museu.

Quanto à sua entrada no Petit Palais e à primeira exposição que este museu acolhe de “street art”, ADD FUEL fala numa etapa importante nesta sua “viagem” em que também tem visto e participado na evolução do reconhecimento da arte urbana.

“Eu não gosto muito de rotular as coisas como arte urbana ou street art ou new contemporary. Há muitas labels, muitos rótulos que podem ser dados. Mas arte é arte por si e a arte por si pode estar na rua como no museu”, acrescenta.

Retomemos agora a deambulação pelo museu, por mais uma sala de pinturas e esculturas oitocentistas, onde aparecem retratos monumentais de mulheres. Há telas dos artistas Hush e Inti e também um retrato esculpido pelo português Vhils em que uma mulher parece fixar, com o olhar, “a miséria” dos “Saltimbancos” de Fernand Pelez, o mesmo pintor do século XIX que mostrou o rosto exausto de uma mãe sem abrigo noutro quadro ali exposto.

Noutra sala, outro rosto marcante, o da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” do artista Shepard Fairey, ou Obey, que, nesta versão de 2024, lhe pintou uma lágrima de sangue. Há, ainda, outra alegoria da República Francesa do artista Seth, representada como uma criança abandonada e a olhar para um buraco.

Mais adiante, a Sala Concorde é das mais impressionantes pela quantidade de obras penduradas nas paredes: cerca de 160 peças de mais de 60 artistas. Esta é uma homenagem ao lendário “Salon des Refusés” [Salão dos Recusados], de 1863, que acolheu todos os artistas da vanguarda rejeitados pelos salões oficiais, como Manet e Cézanne, e que foi um marco na pintura moderna. Inicialmente, os pioneiros da “street art” também sentiram essa exclusão, mas os tempos mudaram e muito. A reafirmá-lo está esta exposição, uma iniciativa da Galeria Itinerrance que, em 2013, juntou 80 artistas para transformarem um prédio devoluto de Paris num museu efémero e agora investiu o Petit Palais. Pelo caminho, a galeria apoiou a criação de dezenas de murais no 13° bairro da capital francesa.

Nesta Sala Concorde, que é um autêntico templo imersivo de “street art”, há duas telas de outro português, Pantónio. Uma remete para o princípio da sua carreira e a outra é do meio do percurso. “Uma é aceitar e embarcar numa onda e a outra é remar um bocado contra a onda até porque tem a forma de um globo e são falcões em atitude de choque uns com os outros”, descreve o artista.

Quanto a estar no Petit Palais, Pantónio diz que representa “estar ao lado de pintores que fizeram a história e que estão a fazer a história ».

« Na minha história pessoal, já há muito tempo que não vinha a Paris e estou com estas pessoas que estão a fazer esse caminho”, acrescenta.

A exposição “We Are Here”, no Petit Palais, em Paris, abriu a 12 de Junho e vai estar patente até 17 de Novembro.

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É uma exposição que quer fazer história e assentar o reconhecimento internacional da “street art”. Um dos mais emblemáticos museus de Paris, o Petit Palais, acolhe artistas de todo o mundo que têm trabalhado na capital francesa e contribuído para a história da arte urbana. A mostra chama-se “We Are Here” e é uma declaração de presença deste movimento. “We Are Here” é mesmo a frase que acolhe o público, logo à entrada, inscrita numa escultura a representar uma lata de spray gigante do artista D*Face.

Deambulando pelo museu, ao lado de obras de Monet, Rodin, Courbet, Cézanne e tantos outros que outrora estiveram nas vanguardas artísticas, surgem peças monumentais de Shepard Fairey, Invader, D*Face, Seth, Add Fuel, Vhils, Inti, Hush e muitos outros.

O português Diogo Machado, conhecido como ADD FUEL, ocupa uma sala com os seus icónicos painéis de azulejos que dialogam com um imenso candelabro contemporâneo do artista Jean-Michel Othoniel. Há seis peças que “são das maiores peças, em termos de tamanho”, que ADD FUEL já criou no seu estúdio em Portugal e há outras seis peças, mais pequenas, a complementar o espaço.

“Todas as peças baseiam-se muito no meu trabalho da reinterpretação e do redesenhar do azulejo, esta nossa tradição que temos e que eu tenho vindo a trabalhar há 14, 15 anos. Há pequenas nuances e pequenos detalhes que fazem com que a instalação seja mais ‘site specific’, ou seja, apropriada para o espaço onde ela existe”, descreve ADD FUEL.

Como é que se colocam estas peças num museu de obras clássicas e figurativas? Para o artista, “a palavra-chave é diálogo porque foi isso que ele quis fazer tanto com a sala onde as obras estão expostas, quanto com o candelabro monumental que já lá estava. E são os tons de cromado do candelabro que deram os tons prateado, azul e beringela aos painéis de ADD FUEL. “Como se fossem peças que já existissem no espaço e não o estivessem a invadir”, resume. A instalação acabou por chamar-se “Multilogue” porque mais do que um diálogo entre duas pessoas, é um diálogo entre os painéis, o candelabro e o espaço do museu.

Quanto à sua entrada no Petit Palais e à primeira exposição que este museu acolhe de “street art”, ADD FUEL fala numa etapa importante nesta sua “viagem” em que também tem visto e participado na evolução do reconhecimento da arte urbana.

“Eu não gosto muito de rotular as coisas como arte urbana ou street art ou new contemporary. Há muitas labels, muitos rótulos que podem ser dados. Mas arte é arte por si e a arte por si pode estar na rua como no museu”, acrescenta.

Retomemos agora a deambulação pelo museu, por mais uma sala de pinturas e esculturas oitocentistas, onde aparecem retratos monumentais de mulheres. Há telas dos artistas Hush e Inti e também um retrato esculpido pelo português Vhils em que uma mulher parece fixar, com o olhar, “a miséria” dos “Saltimbancos” de Fernand Pelez, o mesmo pintor do século XIX que mostrou o rosto exausto de uma mãe sem abrigo noutro quadro ali exposto.

Noutra sala, outro rosto marcante, o da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” do artista Shepard Fairey, ou Obey, que, nesta versão de 2024, lhe pintou uma lágrima de sangue. Há, ainda, outra alegoria da República Francesa do artista Seth, representada como uma criança abandonada e a olhar para um buraco.

Mais adiante, a Sala Concorde é das mais impressionantes pela quantidade de obras penduradas nas paredes: cerca de 160 peças de mais de 60 artistas. Esta é uma homenagem ao lendário “Salon des Refusés” [Salão dos Recusados], de 1863, que acolheu todos os artistas da vanguarda rejeitados pelos salões oficiais, como Manet e Cézanne, e que foi um marco na pintura moderna. Inicialmente, os pioneiros da “street art” também sentiram essa exclusão, mas os tempos mudaram e muito. A reafirmá-lo está esta exposição, uma iniciativa da Galeria Itinerrance que, em 2013, juntou 80 artistas para transformarem um prédio devoluto de Paris num museu efémero e agora investiu o Petit Palais. Pelo caminho, a galeria apoiou a criação de dezenas de murais no 13° bairro da capital francesa.

Nesta Sala Concorde, que é um autêntico templo imersivo de “street art”, há duas telas de outro português, Pantónio. Uma remete para o princípio da sua carreira e a outra é do meio do percurso. “Uma é aceitar e embarcar numa onda e a outra é remar um bocado contra a onda até porque tem a forma de um globo e são falcões em atitude de choque uns com os outros”, descreve o artista.

Quanto a estar no Petit Palais, Pantónio diz que representa “estar ao lado de pintores que fizeram a história e que estão a fazer a história ».

« Na minha história pessoal, já há muito tempo que não vinha a Paris e estou com estas pessoas que estão a fazer esse caminho”, acrescenta.

A exposição “We Are Here”, no Petit Palais, em Paris, abriu a 12 de Junho e vai estar patente até 17 de Novembro.

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