Gente é pra Brilhar: coletivos usam agroecologia para combater fome com comida saudável
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Dados recentes divulgados pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) e do Relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2022”, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) indicam a urgência de ações para o combate à fome. “A gente está falando de 60 milhões de brasileiros que estão em situação de insegurança alimentar, segundo dados da FAO. O Brasil volta ao mapa da fome”, aponta o gestor ambiental Rick Badra, especialista em agroecologia e voluntário da campanha “Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”.
No áudio, ele e Simone Gomes, cozinheira, ativista e educadora do coletivo Banquetaço, apontam que a fome não é fruto da pandemia, mas se torna mais evidente a partir dela. “A pandemia só agravou a situação de fome no país. E a gente até coloca – no manifesto da campanha – que ela tem cor, classe e gênero. Ela é um problema social, uma ferida aberta que a gente não pode invisibilizar, como tem acontecido principalmente com os desmontes do Pnae, que é o Programa Nacional de Alimentação Escolar, e o PAA, que é o programa de aquisição de alimentos”, avalia Gomes.
A participação democrática da sociedade civil organizada é, sem dúvida, fundamental no combate à fome, mas, na entrevista, fica claro que essas ações precisam ser apoiadas por políticas públicas que gerem recursos para a agroecologia, uma forma — segundo os entrevistados — de acabar com a fome que alia qualidade ambiental e comida de verdade, como explicam no podcast.
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