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#25 - Petrobras: as consequências da intervenção na estatal

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Com algumas poucas declarações concentradas em poucos dias, o presidente Jair Bolsonaro desencadeou uma sucessão de notícias ruins no mercado financeiro, com repercussão internacional. A Bolsa caiu, o real se desvalorizou, o risco-país aumentou, a taxa de juros no mercado futuro também subiu e cresceu entre os investidores a desconfiança em torno do compromisso do governo com a agenda liberal, a agenda do Posto Ipiranga.

Essa sequência de notícias negativas, que provocou tumulto no mercado, começou quando o presidente criticou a política de reajustes dos preços dos combustíveis praticado pela Petrobras, incluindo o gás de cozinha, e informou que iria zerar o imposto federal sobre o diesel por dois meses sem dizer onde seriam feitos os cortes orçamentários para compensar a queda de receita.

Para completar, o Palácio do Planalto anunciou o nome do general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco na Presidência da estatal. Esse foi apenas o primeiro alvo. O segundo foi a Eletrobras, criticada pelo presidente de forma pouco clara. Bolsonaro disse apenas que iria “meter o dedo na energia elétrica”. Como as declarações mais explícitas sobre a Petrobras estavam frescas na memória, pensou-se o pior – que não veio.

Ao contrário, nessa terça-feira, em um momento político que tinha por objetivo reduzir o mal-estar e fortalecer a agenda econômica, bem como seu ministro Paulo Guedes, Bolsonaro esteve pessoalmente no Congresso para entregar uma Medida Provisória que autoriza o BNDES a estudar a privatização da Eletrobras. A companhia, como se sabe, responde por 37% da geração de energia do Brasil e quase 60% do total das linhas de transmissão existentes.

Os disparos contra as duas estatais, a de petróleo e a de energia, as joias da coroa do Estado brasileiro, foram o assunto dos últimos dias. Afinal, qual é o estrago desses tipos de declarações na economia? Elas tiram a credibilidade do Brasil? Afugentam mesmo o investidor? Pioram a imagem do país? A retomada da economia se tornou mais difícil? Ou tudo isso não passa de marola, que o tempo tratará de fazer esquecer?

Para discutir esses assuntos, recebemos o economista da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda; e o cientista político Fernando Schüler, colunista do Grupo Bandeirantes. Ele tem acompanhado de perto as movimentações e declarações do presidente.

Então, Vamos Discutir? Esse é um podcast do Jornal da Band com Lana Canepa e Eduardo Oinegue.

Sonorização: Sammy Farah

Produção: Stéfanie Rigamonti

Direção: André Basbaum

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Para completar, o Palácio do Planalto anunciou o nome do general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco na Presidência da estatal. Esse foi apenas o primeiro alvo. O segundo foi a Eletrobras, criticada pelo presidente de forma pouco clara. Bolsonaro disse apenas que iria “meter o dedo na energia elétrica”. Como as declarações mais explícitas sobre a Petrobras estavam frescas na memória, pensou-se o pior – que não veio.

Ao contrário, nessa terça-feira, em um momento político que tinha por objetivo reduzir o mal-estar e fortalecer a agenda econômica, bem como seu ministro Paulo Guedes, Bolsonaro esteve pessoalmente no Congresso para entregar uma Medida Provisória que autoriza o BNDES a estudar a privatização da Eletrobras. A companhia, como se sabe, responde por 37% da geração de energia do Brasil e quase 60% do total das linhas de transmissão existentes.

Os disparos contra as duas estatais, a de petróleo e a de energia, as joias da coroa do Estado brasileiro, foram o assunto dos últimos dias. Afinal, qual é o estrago desses tipos de declarações na economia? Elas tiram a credibilidade do Brasil? Afugentam mesmo o investidor? Pioram a imagem do país? A retomada da economia se tornou mais difícil? Ou tudo isso não passa de marola, que o tempo tratará de fazer esquecer?

Para discutir esses assuntos, recebemos o economista da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda; e o cientista político Fernando Schüler, colunista do Grupo Bandeirantes. Ele tem acompanhado de perto as movimentações e declarações do presidente.

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