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A RFI te leva para um passeio por Paris, a poucos dias da abertura dos Jogos Olímpicos

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Faltando poucos dias para a abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a RFI te leva para um passeio no coração de Paris, onde acontecerão várias competições. Vamos ver como estão os preparativos e a expectativa de moradores e visitantes, que encontraram a cidade transformada.

Maria Paula Carvalho, da RFI em Paris.

A baiana Jacira Arandiba não se incomodou com as obras. "Está maravilhoso e o mais maravilhoso é eu estar aqui, nesta 'belezura', neste lugar incrível e mais visitado do mundo que é a nossa Paris e a nossa torre [Eiffel], que está lindíssima com o símbolo das Olimpíadas", elogia.

Enquanto Talita Valença, de Recife, reclama. "Meu amor, para mim está horrível, entendeu? A França do jeito que está. Agora, eu entendo que é por conta das Olimpíadas, tem que ser assim", compreende. "Essa ponte é linda, mas a gente não pode curtir porque está cheia de arquibancadas. Quem está vindo pela primeira vez, vai ficar decepcionado", acredita.

Quem desembarca na capital francesa se depara com operários por todos os lados. É no meio de muitos monumentos que atletas do mundo inteiro irão disputar as medalhas feitas com o ferro da Torre Eiffel.

"Eu estou achando maravilhoso poder participar desse momento. Eu não vou estar presente nos Jogos, mas eu estou achando bem legal poder ver eles montando, para quando eu estiver em casa, no Brasil, poder ver as estruturas e assimilar com a viagem", diz a advogada brasileira Bruna Simões Barros, que não vai sair decepcionada. "Eu acho que sempre fica marcado, deixa a cidade mais visível para o resto do mundo, não é todo mundo que tem oportunidade de estar aqui. Então, outras pessoas podem ter contato e podem ver um pouquinho, mesmo de longe, viver a experiência que é Paris", diz.

A mãe dela realizou um sonho. "Paris era a cidade dos meus sonhos, eu queria muito conhecer. E muitas pessoas no Brasil falaram que nesse momento alguns pontos turísticos estariam fechados, mas de forma nenhuma isso atrapalhou, muito pelo contrário é mais um estímulo para assistir os Jogos mesmo, né?".

Águas do Sena

A ponte Alexandre III, uma das mais bonitas da cidade e que celebra a amizade franco-russa, já recebeu as arquibancadas para o público dos Jogos Olímpicos. Inaugurada na Exposição Universal de 1900, a ponte elegante cruza as águas do rio Sena, onde todos aqui se perguntam: serão que elas estarão próprias paras as provas olímpicas?

"Pois é, estava olhando aqui, além do frio eu não sei como as pessoas vão conseguir pular aí, porque ninguém sabe a pureza desta água. Mas é uma petulância da prefeita de Paris", opina a mineira Tanagra Tenório, em viagem de turismo na capital francesa. "Paris é sempre maravilhosa, está bastante tumultuada, com muita gente, mas é sempre maravilhosa", conta.

A organização dos Jogos Paris 2024 não prevê um plano B em caso de os testes na água do Sena não permitirem a natação, apenas um adiamento das provas de triatlon e da maratona aquática, até a data em que as condições estejam próprias para banho.

O desfile de barcos com as delegações do mundo todo, na cerimônia de abertura do dia 26, passa sob a ponte Alexandre III.

Alguns passos a mais e chegamos ao Grand Palais, em transformação para receber as competições de esgrima e taekondo.

Ao lado dele, fica uma grande loja com produtos licenciados dos Jogos Olímpicos: camisetas, bonés, são 1000 opções diferentes. O Comitê de Organização espera vendas de € 2 bilhões em produtos licenciados.

Foi lá que a RFI encontrou o brasileiro Luís Carlos. Será que ele vai levar uma lembrancinha? "Ah, eu vou. Estou procurando aqui alguma coisa bem legal, provavelmente um mascote, que é bem interessante. Bem legal", diz.

As mascotes dos Jogos de Paris 2024 representam o barrete frígio, ou barrete da liberdade, um chapéu, utilizado por militantes na época da Revolução Francesa, em 1789.

Parque Urbano

Deixamos as compras de lado, e seguimos rumo a outro ponto central das Olimpíadas. A praça da Concórdia, no coração de Paris, foi fechada à circulação para receber os esportes urbanos. É no entorno do famoso obelisco de Luxor, presente do Egito, que vão acontecer as competições de break dance, skate, BMX, e basquete 3 X 3. Um parque urbano está sendo montado para isso, onde os espectadores poderão conhecer a cultura urbana, acompanhar performances, ouvir DJs e frequentar restaurantes.

Conversamos com turistas americanos que passeavam de patinete. O guia, natural de Boston, já sabe o que esperar: "Vai estar movimentado, 14,5 milhões de pessoas estarão na cidade neste verão, é o que eles esperam", lembra Jack. "E vai ser caro vir para cá, os tíquetes de metrô irão dobrar de preço, as tarifas de hotel estarão mais caras e os restaurantes também, vai se gastar dinheiro, mas vai ser divertido, pois eles estão fazendo os Jogos Olímpicos como nunca se fez antes", observa. "E usar os prédios que já existem na cidade, é incrível", completa o americano.

Spencer, 18 anos, de Utah, nos Estados Unidos, também destaca o aproveitamento de Paris. "Eu gosto como eles estão incorporando a cidade em todos os eventos e usando os diferentes edifícios para coisas diferentes. Isso é muito legal", destaca.

Hamza Qhan é taxista na Inglaterra, país que já sediou as Olimpíadas. "Os franceses, eles não querem os Jogos. Eles não querem esta bagunça. Porque todas as ruas estão fechadas, para as obras, não há como sair", relata. "Então, as pessoas não estão contentes, mas é bom para a economia da França, as pessoas virão aqui aos milhares de todo o mundo. E é bom para a cidade, mas os locais não estão contentes", diz.

O francês Pascal Samvelle, que vive atualmente na Bretanha, voltou à Paris para ver a preparação dos Jogos. "É impressionante, eu não esperava que fosse tão grande assim. Mas é temporário, depois vai voltar ao que era", comemora. "E foi uma boa ideia, efetivamente, de realizar os Jogos na cidade, e não fora", completa. "Particularmente, eu não era favorável à organização dos Jogos, porque eu penso que custa caro e por uma série de razões. Mas agora, está feito. Espero que ocorra da melhor forma possível, tanto do ponto de vista de segurança, como de animação", espera.

O canadense Jeremy, diz que voltará para casa com boas lembranças. "É a primeira vez que eu venho em uma cidade que sedia os Jogos Olímpicos e é muito interessante ver a preparação, e ver as arenas, antes de elas serem exibidas ao vivo na televisão e nós sabemos onde elas são", diz. "E parece que serão as instalações serão bonitas, tudo está incrível, Paris vai fazer um excelente trabalho sediando os Jogos Olímpicos de Verão de 2024", acredita.

O famoso jardim do Trocadéro é o local para encontrar os medalhistas. No local, vai funcionar o parque dos Campeões, com acesso gratuito para 13 mil pessoas por dia. De 29 de julho a 10 de agosto, mil atletas vencedores de vários países vão passar por lá para comemorar com a torcida. Também vai haver telões para acompanhar as competições e diversas atrações musicais. O horário de funcionamento é das 16h à meia noite.

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Maria Paula Carvalho, da RFI em Paris.

A baiana Jacira Arandiba não se incomodou com as obras. "Está maravilhoso e o mais maravilhoso é eu estar aqui, nesta 'belezura', neste lugar incrível e mais visitado do mundo que é a nossa Paris e a nossa torre [Eiffel], que está lindíssima com o símbolo das Olimpíadas", elogia.

Enquanto Talita Valença, de Recife, reclama. "Meu amor, para mim está horrível, entendeu? A França do jeito que está. Agora, eu entendo que é por conta das Olimpíadas, tem que ser assim", compreende. "Essa ponte é linda, mas a gente não pode curtir porque está cheia de arquibancadas. Quem está vindo pela primeira vez, vai ficar decepcionado", acredita.

Quem desembarca na capital francesa se depara com operários por todos os lados. É no meio de muitos monumentos que atletas do mundo inteiro irão disputar as medalhas feitas com o ferro da Torre Eiffel.

"Eu estou achando maravilhoso poder participar desse momento. Eu não vou estar presente nos Jogos, mas eu estou achando bem legal poder ver eles montando, para quando eu estiver em casa, no Brasil, poder ver as estruturas e assimilar com a viagem", diz a advogada brasileira Bruna Simões Barros, que não vai sair decepcionada. "Eu acho que sempre fica marcado, deixa a cidade mais visível para o resto do mundo, não é todo mundo que tem oportunidade de estar aqui. Então, outras pessoas podem ter contato e podem ver um pouquinho, mesmo de longe, viver a experiência que é Paris", diz.

A mãe dela realizou um sonho. "Paris era a cidade dos meus sonhos, eu queria muito conhecer. E muitas pessoas no Brasil falaram que nesse momento alguns pontos turísticos estariam fechados, mas de forma nenhuma isso atrapalhou, muito pelo contrário é mais um estímulo para assistir os Jogos mesmo, né?".

Águas do Sena

A ponte Alexandre III, uma das mais bonitas da cidade e que celebra a amizade franco-russa, já recebeu as arquibancadas para o público dos Jogos Olímpicos. Inaugurada na Exposição Universal de 1900, a ponte elegante cruza as águas do rio Sena, onde todos aqui se perguntam: serão que elas estarão próprias paras as provas olímpicas?

"Pois é, estava olhando aqui, além do frio eu não sei como as pessoas vão conseguir pular aí, porque ninguém sabe a pureza desta água. Mas é uma petulância da prefeita de Paris", opina a mineira Tanagra Tenório, em viagem de turismo na capital francesa. "Paris é sempre maravilhosa, está bastante tumultuada, com muita gente, mas é sempre maravilhosa", conta.

A organização dos Jogos Paris 2024 não prevê um plano B em caso de os testes na água do Sena não permitirem a natação, apenas um adiamento das provas de triatlon e da maratona aquática, até a data em que as condições estejam próprias para banho.

O desfile de barcos com as delegações do mundo todo, na cerimônia de abertura do dia 26, passa sob a ponte Alexandre III.

Alguns passos a mais e chegamos ao Grand Palais, em transformação para receber as competições de esgrima e taekondo.

Ao lado dele, fica uma grande loja com produtos licenciados dos Jogos Olímpicos: camisetas, bonés, são 1000 opções diferentes. O Comitê de Organização espera vendas de € 2 bilhões em produtos licenciados.

Foi lá que a RFI encontrou o brasileiro Luís Carlos. Será que ele vai levar uma lembrancinha? "Ah, eu vou. Estou procurando aqui alguma coisa bem legal, provavelmente um mascote, que é bem interessante. Bem legal", diz.

As mascotes dos Jogos de Paris 2024 representam o barrete frígio, ou barrete da liberdade, um chapéu, utilizado por militantes na época da Revolução Francesa, em 1789.

Parque Urbano

Deixamos as compras de lado, e seguimos rumo a outro ponto central das Olimpíadas. A praça da Concórdia, no coração de Paris, foi fechada à circulação para receber os esportes urbanos. É no entorno do famoso obelisco de Luxor, presente do Egito, que vão acontecer as competições de break dance, skate, BMX, e basquete 3 X 3. Um parque urbano está sendo montado para isso, onde os espectadores poderão conhecer a cultura urbana, acompanhar performances, ouvir DJs e frequentar restaurantes.

Conversamos com turistas americanos que passeavam de patinete. O guia, natural de Boston, já sabe o que esperar: "Vai estar movimentado, 14,5 milhões de pessoas estarão na cidade neste verão, é o que eles esperam", lembra Jack. "E vai ser caro vir para cá, os tíquetes de metrô irão dobrar de preço, as tarifas de hotel estarão mais caras e os restaurantes também, vai se gastar dinheiro, mas vai ser divertido, pois eles estão fazendo os Jogos Olímpicos como nunca se fez antes", observa. "E usar os prédios que já existem na cidade, é incrível", completa o americano.

Spencer, 18 anos, de Utah, nos Estados Unidos, também destaca o aproveitamento de Paris. "Eu gosto como eles estão incorporando a cidade em todos os eventos e usando os diferentes edifícios para coisas diferentes. Isso é muito legal", destaca.

Hamza Qhan é taxista na Inglaterra, país que já sediou as Olimpíadas. "Os franceses, eles não querem os Jogos. Eles não querem esta bagunça. Porque todas as ruas estão fechadas, para as obras, não há como sair", relata. "Então, as pessoas não estão contentes, mas é bom para a economia da França, as pessoas virão aqui aos milhares de todo o mundo. E é bom para a cidade, mas os locais não estão contentes", diz.

O francês Pascal Samvelle, que vive atualmente na Bretanha, voltou à Paris para ver a preparação dos Jogos. "É impressionante, eu não esperava que fosse tão grande assim. Mas é temporário, depois vai voltar ao que era", comemora. "E foi uma boa ideia, efetivamente, de realizar os Jogos na cidade, e não fora", completa. "Particularmente, eu não era favorável à organização dos Jogos, porque eu penso que custa caro e por uma série de razões. Mas agora, está feito. Espero que ocorra da melhor forma possível, tanto do ponto de vista de segurança, como de animação", espera.

O canadense Jeremy, diz que voltará para casa com boas lembranças. "É a primeira vez que eu venho em uma cidade que sedia os Jogos Olímpicos e é muito interessante ver a preparação, e ver as arenas, antes de elas serem exibidas ao vivo na televisão e nós sabemos onde elas são", diz. "E parece que serão as instalações serão bonitas, tudo está incrível, Paris vai fazer um excelente trabalho sediando os Jogos Olímpicos de Verão de 2024", acredita.

O famoso jardim do Trocadéro é o local para encontrar os medalhistas. No local, vai funcionar o parque dos Campeões, com acesso gratuito para 13 mil pessoas por dia. De 29 de julho a 10 de agosto, mil atletas vencedores de vários países vão passar por lá para comemorar com a torcida. Também vai haver telões para acompanhar as competições e diversas atrações musicais. O horário de funcionamento é das 16h à meia noite.

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