Suicídio Cósmico

Filosofia Socran

Suicídio Cósmico

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O suicídio cósmico é a máxima desconstrução de tudo que existe, é a expressão mais perfeita do satanismo discernido pelas escrituras judaicas e interpretado em parte pela Filosofia clássica. Suicídio cósmico, ou profundezas de satanás, nada mais é do que a mais horrenda guerra contra o ser, contra a existência, contra a vida. Não que devamos elogiar o mundo em sua condição atual, pois se formos ver, o próprio Nietzsche, um niilista crítico do niilismo, era muito mais amante do terreno que qualquer cristão, cristãos esses que ele julgava como niilistas negacionistas. Mas filosoficamente falando, a postura Paulina é mais autêntica do que a do filósofo alemão, já que Nietzsche parte da irracionalidade do devir e não dá razão qualitativa do destino humano. Porém, essa razão em Paulo não é o Espírito da história de Hegel, pois se fosse, seria igualmente abominável. Antes é o reconhecimento de uma ordem além da histórica, não podendo ser nem historicista e tão pouco estruturalista, mas uma relação dinâmica entre possibilidade, potência e ato em vista de redenção para um universo entrópico. Tal esperança da fé (pois fé também é confiança), relaciona-se com um otimismo não totalitária na esfera da história, pois não vê na história mesma um tipo de ser que segue leis rígidas, mas uma criação a ser zelada e gerenciada pelo homem.